Dinheiro/Fama/Poder

Inevitável comparar Michael Joseph Jackson a Elvis Aaron Presley. Dizem que as mulheres são atraídas por homens que lembrem seus pais... aí está a Lisa Marie reforçando a tese (aliás, com outra tese). A fama e talentos abundantes, digamos que, não ajudaram muito ambos a serem felizes e realizados. No caso de Michael, que trouxe a carga dos maus tratos familiares (leia-se PAI), a coisa complicou ainda mais. Deixou a impressão de uma pessoa perturbada, insatisfeita e frágil emocionalmente. Fragilidade essa, de tão presente, acabou refletindo-se em seu corpo, castigado pela negação do que via ao espelho. A perspectiva da mega-turnê, que ele mesmo tentou adiar, deve ser o principal combustível para teorias conspiratórias sobre sua morte. Perfeccionista com o trabalho e consciente de sua imagem como astro, o que deveria ser para ele um fracasso a essa altura de sua vida e com suas crescentes dívidas? Que fique a reflexão sobre os valores atuais, o tripé dinheiro/fama/poder faz mais uma vítima.

The Cove

Possivelmente chegando no semestre que vem nos cinemas aqui no Brasil, o documentário The Cove, numa tradução livre seria A enseada (cove também tem uma bem contextualizada tradução de esconderijo). O filme é assinado por Louis Psihoyos e Ric O'Barry, esse último foi simplesmente o cara que "inventou" o Flipper. Isso mesmo, o filme é sobre golfinhos. Inicialmente seria para investigar os danos que Ric causou com a disseminação dos parques explorando esses animais e, numa ida ao Japão, acabou desvendando algo maior e mais cruel. Foi descoberta uma enseada, onde, sigilosamente, golfinhos eram aprisionados e chacinados pela indústria pesqueira local. O projeto deu uma guinada e a obsessão pela revelação dessa história envolve até a Industrial Light and Magic (agora Kerner Optical) de George Lucas. Ela forneceu o aparato tecnológico, dentre eles, câmeras e microfones escondidos dentro de rochas e vegetações falsas, para documentar toda a ação sem serem percebidos, junto a eles experientes mergulhadores e surfistas ajudaram a fazer a coisa toda acontecer. O resultado é o que chamam de um Eco-Thriller ou um filme de ação ecológico. Definido como uma mistura de Flipper com Identidade Bourne, ou, dito pelo diretor, como o resultado de muito assistir James Bond e Jacques Cousteau, é mais do que uma diversão, um filme alerta sobre a crueldade humana e o que andamos fazendo com o nosso planeta.

2012

A internet está coalhada de mensagens sobre o fim do mundo. Muitas datas já passaram e o planeta está aí. Agora o próximo marco é 21/12/2012: o novo ponto final, com ricos prognósticos de Nostradamus e alimentados por cientistas, filósofos, espiritualistas... enfim, as teorias são muitas assim como suas fontes. Tudo isso, acaba nutrindo os pensamentos arraigados na religiosidade terrena, nos remetendo ao clássico juízo final e o fim de nosso planeta com toda sua pirotecnia apocalíptica. Mas, ainda é preferível pensar que, se 2012 é o fim, também é o começo... e que seja de algo para melhor.

Atualidades

- “Afrââânioo! Afrââââânioooooo!”
- “É comigo?”
- “É sim, Afrânio!”
- “Meu nome não é Afrânio.”
- “Não? E é o quê?”
- “É Francis.”
- “Ixi! Que nem aquele avião que caiu, é?”

Big Dog

Veja em que pé está a robótica nesse vídeo do começo de 2008, já um tanto antigo para os padrões cibernéticos. Esse é o robô batizado de Big Dog, um nome um tanto infeliz já que parece muito mais um moscão aleijado que propriamente um cachorrão. Ele foi criado pela empresa Boston Dynamics e... outro nome mal dado pois, pelos resultados demonstrados, parece ser uma empresa muito dinâmica, viu?...
Atenção para a estabilidade do bicho, digo, da máquina!



E obviamente, alguém se deu o trabalho de montar um vídeo zoando a história toda...

Diúrnico

Prefiro a manhã, mais que a noite... o período da tarde, particularmente, muito por culpa do almoço, se pudesse, seria uma siesta só. Definitivamente a madrugada pra mim não é pra se trabalhar, mas cá estou eu, pela força do ofício, labutando. Cumprindo prazos e compromissos que eu mesmo estipulei, ou fui levado a honrar. Fico aqui pensando como a gente se sabota muitas vezes, cria auto-armadilhas (com hífen e tudo), e depois, põe a culpa em alguém ou algo... Difícil encarar a realidade de que a culpa pela dor ou gozo é sempre nossa... só nossa.
Agora, eu pergunto, um papo desse combinaria com uma bela manhã de sol?

Abaixo de Zero

Quando me mudei, por escolha, do centro de Curitiba para a RMC (Região Metropolitana de Curitiba), sabia que muita coisa ia mudar, a maioria pra melhor, é claro. Uma das coisas mais bonitas e sofridas por aqui é o frio. Bonita por ver os campos todos branquinhos, as poças de gelo, aquela coloração diferente do sol no inverno, fazendo sua luz prismar nas delicadas formações de água solidificadas nas pontinhas das folhas. Sofrida, entre outras coisas, pelo banho, não que eu não goste, longe disso, mas à temperatura negativa (fez -2°C marcados em Curitiba, aqui em Colombo deve ter feito menos ainda), aí o sofrimento se justifica. Detalhe, o banheiro que estamos usando agora está do lado de fora de casa... não precisa nem dizer que o chuveiro elétrico não deu conta... aliás, parou no meio do banho, acho que forcei ele demais, mas parou de não sair nem água! Fiquei ali, eternos minutos, molhado, tremendo e pensando que o conforto é como a saúde, só se dá valor quando se perde.

Onde estou?

Tentando me achar, saber o que o faço aqui. Quando moleque, (isso faz tempo) achava que os caras da minha idade já eram coroas e ponto final (trabalhador de repartição, penca de filhos, bigodom, esportista de sofá com controle remoto da TV na mão). Hoje estou muito mais achando que falta pouco pra começar a viver... e falta mesmo... nem dois anos dos 40. Sim eu ainda acredito que a vida começa aos 40... não dizem que a gente é do tamanho dos nossos sonhos? Pois é, preciso ter algum para não sumir.

Ponto de partida

Bom, vamos lá... hoje, 02/junho/09, uma tarde fria e ensolarada de outono, às portas do inverno, começo esse blog. Não me pergunte o que vai dar, nem porque comecei. Com ou sem inspiração... vamos lá...